domingo, 21 de fevereiro de 2010
A brincadeira na infância
domingo, 14 de fevereiro de 2010
A infância vai ao cinema
Criança é encontrada morta com fantasia de Carnaval no Rio
O jornal a FolhaOnline (14.2.2010) publicou a morte de uma criança de aproximadamente 9 anos no Rio de Janeiro neste domingo de carnaval. Segundo informa, há indícios de violência sexual. O Brasil precisa urgente rever sua forma de combate a pedofilia.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Sobre os “Filhos do ciberespaço: velhos de 20 anos” do Jornalista Brad Stone
Por recomendação do Jornalista Paulo Lope li a matéria “Filhos do ciberespaço: velhos de 20 anos” do Jornalista Brad Stone. Realmente suas colocações sobre a inserção das crianças no ciberespaço são espantosas e interessantes.
Brad Stone é surpreendido por sua filha de dois anos de idade ao pronunciar "Livro do papai", referindo-se ao seu leitor eletrônico Kindle. Para o jornalista o fato de uma criança de apenas dois anos identificar o Kindle como “substituto das palavras impressas em páginas físicas” demonstra a intimidade já iniciada ente ela e as tecnologias. No seu ponto de vista a sua filha terá a sua vida totalmente deliberada pelas tecnologias e não conhecerá outras formas de comunicação e acesso a informação que não seja através “[...] dos livros digitais, dos bate-papos pelo Skype com parentes distantes e dos videogames para crianças no iPhone. Verá o mundo de uma maneira muito diferente da dos seus pais” (p.1).
Par ele não só o Kindle, mas os novos aparelhos de alta tecnologia que serão lançados moldarão a infância de crianças com idade de sua filha e a distanciará das crianças mais velhas, por exemplo, com a distância de 10 anos de idade. Stone nos traz como questão os hiatos, outrora era a separação nítida e única entre a infância e a adultez, agora demarcam, na sua compreensão, as minigerações. Dessa forma, não podemos mais falar uma única infância no mesmo espaço/tempo, mas em infâncias, a sua pluralidade antes pensada por classe, gênero e poder, agora situa-e entre tecnologias, cabos, webecam, livros digitais, bate-papos, Skype, Orkut, jogos online etc.
A cibereinfância é uma realidade como já abordei em outra postagem neste blog. A infância socializada no ciberespaço avança em velocidade vertiginosa, reconfigurando-se de múltiplas formas na sua linha do tempo, então, teremos que falar nas tantas cibereinfâncias. Esse fato levanta questões inquietantes que são desdobramentos desse extraordinário acontecimento no que se refere à ralação das crianças entre seus pares, os adultos, os professores, os especialistas e suas formas de subjetivações.
Finalizo deixando algumas questões: como vamos lidar com o fato de que no ciberespaço a criança se infancializa, ou seja, vive a sua infacialidade, a infância sendo, fora do enquadramento da adultez? O ciberespaço pode ser um espaço de mediação para a construção da infância em que a criança é autorizada como sujeito do logos, como a escola a família outra instituições voltadas ao seu cuidado vão concretamente lidar com isso? Entenderemos e aceitaremos o ciberespaço como um lugar de hiperealização da infância?
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
AS TANTAS INFÂNCIAS
Crianças trabalhando nas praias de Salvador
Foto cedida por Fernanda Barbosa (22/1/2010)
Tantas são suas imagens...
Tantos são seus mistérios...
Tanto já se falou, escreveu, poetizou em imagens, palavras e sons sobre ela...
Pouco se perguntou as crianças sobre a infância... que são tantas...
O que é a infância ?
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Ora, pois!
Não acredito que eu gostava
De arroz com ovo frito
Quando lembro sinto no peito um nó
Esse prato temperado pelas mãos mágicas da minha vó.
Deitado no sofá, atrás de mim à janela
E os sons que entravam dela me faziam acordar.
Com toda preguiça e vontade de dormir
Maior vontade era de brincar na rua.
Sob a luz da lua tantas cantigas de roda
E sorrisos cândidos nos rostos miúdos de todos nós:
Pique-esconde, chicotinho-queimado, pipa ao vento,
fazer cata-vento, apanhar fruta no pé.
Quantos dias, quantas noites de alegrias, de sonhos e aventuras!
Essa infância que recordo é saudosa, mas faz parte acabar.
Por enquanto digo quem dera que eu possa ao menos avistar
E espero ansioso novos dias que eu possa ao menos visitar
Meus próprios anjinhos a saltitar.
E repetir o que minha mãe dizia:
-Ei, menino, tá na hora de entrar!
Vanderson Godoi
Son niños todavía
Son niños todavía, buscan refugio en su actuar, no hay mayor muestra que me lo pueda demostrar, que sus manos pintadas, y sus escasos minutos de receso aprovechados para fatigarse tras un balón.
Se cansan y sueñan, se ilusionan y toman dictado, algunos se asombran con la historia universal, y otros esperan un descanso para escuchar algo de supuesto punk-soft o música emotional.
Protestan si saber porque, gritan con afán desmedido, y se maquillan en una inocencia comprometida, en el refugio de las horas en un salón.
Hay quién estudia y quién no, quién roba y quién no, quién ama a muchas o muchos, y los que aman igual, pero callan.
Son niños, que se escapan de su niñez, que la bordean y la quieren saltar, pero no pueden, porque siguen siendo niños.
Goyette Dos Gallos
http://www.carlosgrego.blogspot.com/
http://www.goyettedosgallos.blogspot
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Sorriso da Estrela de Aleilton Fonseca
O conto Sorriso das Estrelas de Aleilton Fonseca desenrola no velório de Estela, uma menina de 13 anos. Pedro, o narrador-personagem-menino, diante da morte de sua irmã Estela evoca lembranças de suas infâncias e apresenta ao leitor pontos dolorosos do passado. São imagens arranhadas que vão sendo reconstruídas ou recuperadas por meio das lembranças evocadas no ato de memorar. A relação dos irmãos é tecida por sentimentos de afetos, mas, também por sentimentos perversos e mesquinhos. Aleilton Fonseca revela sua intimidade com a infância e, de forma bela e sensível, clareia o seu lado oculto que, diversas instâncias sociais da modernidade, como família, escola, pediatria, religião entre outras tentaram esconder sob o manto mitificado da pureza e do angélico. São imagens literárias que permitem imageações que as transfiguram poeticamente por entre solidão, tensões, contradições, afetos, carências paternas e maternas, perversidades, amores. São crianças invisíveis que transitam no mundo adulto como fantasmas que ainda não se fixaram no outro plano, sugerindo uma existência em duas temporalidades passado/presente, infancialidade/adultez. Nesse conto há a promoção do encontro com a alteridade da infância, com a sua interioridade, com a maneira íntima de a criança sentir o mundo e de significar as coisas desse mundo, a infância como acontecimento, experiência e tempo, um infancializar-se. A possibilidade de a infância realizar-se como tempo/existência poética na trajetória criança.